Após o alto índice de desemprego e disparada de preços em 2021, os trabalhadores perderam o poder de compra e esta queda pode gerar efeito cascata, ameaçando a recuperação econômica no pós-pandemia.
Os índices de inflação e desemprego no Brasil e 49,8% dos 12.334 reajustes salariais negociados de janeiro a outubro deste ano ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ou seja, ofereceram menor poder de compra ao trabalhador.
Segundo uma pesquisa do IBGE, após a pandemia, o rendimento médio mensal do brasileiro caiu 3,4% e chega ao menor valor desde 2012. A parcela de 1% com maior renda no Brasil recebe quase 35 vezes mais que a metade dos mais pobres – e essas famílias usam a reserva financeira para pagar contas e dívidas, já as classes mais favorecidas financeiramente querem viajar.
Referente ao IPCA, a inflação oficial ficou em 1,25% em outubro e atingiu 10,67% em 12 meses.
Além disso, 10% (1.321) dos acordos de reposição inflacionária foram parcelados e pago aos poucos pelos empregadores — um salto de sete vezes (199) em relação ao mesmo período de 2020, informou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Especialistas afirmam que o mercado de trabalho atravessou um período de extrema dificuldade por conta da pandemia da Covid-19 e, mesmo com o avanço da vacinação, não conseguiu se recuperar e os setores mais afetados foi o de hotelaria e alimentação, seguido pelo de serviços domésticos, entretanto, o cenário tende a ser mais positivo no próximo ano.
Data: 20/11
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/20/metade-dos-reajustes-salariais-negociados-ate-outubro-nao-repoe-a-inflacao-saiba-como-isso-afetara-2022.ghtml