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28 de fevereiro – Dia Mundial de Combate às LER/Dort: Principal síndrome acometida pelos bancários

Idealizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) – agência multilateral da Organização das Nações Unidas (ONU), especializada nas questões do trabalho, o dia 28 de fevereiro ficou conhecido como Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort).

A data chama atenção para estas duas doenças que têm relação direta com o trabalho e que atingem milhões de brasileiros, principalmente os bancários. Segundo dados do INSS, as chances de um bancário ser vítima da doença são 150% maiores do que a população em geral. Entre 2012 e 2017, 24.514 funcionários das instituições financeiras se afastaram por doenças relacionadas ao trabalho; 12.678, ou 51,71%, apresentaram doenças classificadas como LER/Dort.

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são um conjunto de doenças que atingem estruturas como músculos, tendões, nervos e líquidos articulares, que sofrem devido aos esforços repetitivos. São exemplos das doenças desenvolvidas:  tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias, entre outras.

Os principais sintomas são: dor, sensação de peso e cansaço, formigamento, fisgadas, alteração de sensibilidade e fraqueza muscular e são fatores ocupacionais que contribuem para o surgimento das síndromes: movimentos repetitivos, ritmo de trabalho intenso, móveis e equipamentos incômodos, postura inadequada, falta de tempo para ir ao banheiro, cobrança contínua por produtividade, exposição ao frio e exposição a vibrações.

O empregado inscrito no INSS está amparado ao ser diagnosticado com doenças relacionadas à LER, pois se afastado por mais de 15 dias, pode receber o benefício de auxílio-doença que leva o código B31. Após, se considerado Doença do Trabalho, passa a receber o auxílio-doença por acidente do trabalho que é o código B91 e quando cessar o afastamento, o empregado goza de estabilidade de até um ano depois da alta médica, não podendo ser dispensado; além de direitos como danos morais e materiais (pensão mensal vitalícia e reembolso de gastos) diante do empregador.

Importante ressaltar que nas ocasiões de afastamento por doença relacionada ao trabalho, a empresa deve abrir a CAT, que é a Comunicação de Acidente do Trabalho e que em alguns casos, o empregado pode até vir a ser aposentado por invalidez além de buscar indenização pelo dano causado em seu corpo devido ao trabalho.

O combate à LER/Dort, no entanto, é uma via de mão dupla: além da correção do ambiente, da adoção de medidas preventivas e de novas formas e ferramentas de trabalho por parte da empresa, as ações individuais também fazem a diferença, tais como manter sempre uma postura apropriada durante o horário de trabalho, com as costas eretas e bem apoiadas no encosto da cadeira, fazer pausas e alongamentos a cada 60 minutos, respeitar os limites do corpo e utilizar apoios ergonômicos para os punhos e pés durante a utilização do computador.

Para conhecer mais sobre os direitos e procedimentos se for acometido pela Ler-Dort, procure um advogado especialista. 

Data: 28/02/2022
Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/lesao-por-esforco-repetitivo-ler-dort/ https://www.ssisaude.com.br/Blog/post/ler-dort https://www.bancarios-es.org.br/bancarios-sao-as-principais-vitimas-de-ler-dort/ 

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