Os bancos extinguiram mais de 13 mil empregos entre março de 2020 e fevereiro de 2021. Os dados do Novo Caged – o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mostram ainda que de janeiro de 2020 a fevereiro de 2021 o saldo de empregos nos bancos foi de menos 12.662 postos de trabalho. O saldo foi positivo apenas nos meses de janeiro, fevereiro, março e maio de 2020.
Isso mostra que os bancos, apesar de terem se comprometido com o movimento sindical logo no início da pandemia, em 2020, a não demitir, descumpriram o acordo e desligaram milhares de trabalhadores e trabalhadores, em plena crise sanitária e econômica.
O saldo dos últimos 12 meses no setor bancário é resultado de 17.952 admissões contra 31.023 desligamentos. Dentre as admissões, 85,9% trata-se de reemprego, ou seja, um novo emprego para um trabalhador já integrante do mercado de trabalho formal. No que tange às demissões, 53,3% foram desligamentos sem justa causa. Os desligamentos por morte aumentaram durante a pandemia. Para a categoria bancária, em janeiro e fevereiro de 2020, antes da pandemia, o número de desligamentos por morte foi de 28 trabalhadores. Já nos dois primeiros meses deste ano, os desligamentos por morte chegaram a 70, ou seja, 42 vidas a mais perdidas.
O saldo negativo de empregos no setor bancário foi maior entre as mulheres. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo negativo entre os homens foi de 5.464 postos, enquanto que entre as mulheres foi de 7.607 postos de emprego. A abertura dos postos bancários concentrou-se nas faixas entre 17 e 24 anos, com criação de 2.765 vagas. Acima de 25 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo, com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 6.234 postos.
Data: 26/04/2021
Fonte: https://spbancarios.com.br/04/